O desenvolvimento da região que circunda Nova Odessa teve as suas origens nas sesmarias, concedidas no fim do século XVIII. A primeira referência: “de possuidores de glebas de terras por aquelas paragens. . .” – ” na paragem de Salto Grande, há mais de 50 anos (1771), ali cultivando e residindo com fábrica de açúcar e sua manufatura…(História da Cidade de Campinas, de Jolumá Brito, vol. 18, pág. 9). Logo deparamos com a concessão de sesmarias no Quilombo, nos anos de 1798, 1799, 1802 e 1822.
As sesmarias e a subdivisão de terras:
Uma sesmaria abrangia áreas de grandes proporções e era geralmente concedida a várias pessoas À medida que a terra ia sendo ocupada, grandes fazendas se formavam, aos poucos subdivididas entre descendentes e agregados.
Depois vinham os pequenos núcleos e os vilarejos. E a venda e revenda de propriedades torna-se praticamente impossível documentar em detalhe essa evolução.
As sesmarias concedidas no Quilombo foram as seguintes:
Em 20 de abril de 1798, a Joaquim José Teixeira Nogueira e Ignácio Caetano Leme, nas margens do Ribeirão do Engano – Barra do Quilombo.
Em 20 de abril de 1799, a Maria Tereza do Rosário, Joaquim da Silva Leme e Rafael de Oliveira Cardoso, Ribeirão do Engano Barra do Ouilombo.
Em 2 de abril de 1802, a João do Prado Câmara, João de Souza Azevedo e Maria Ferraz Quilombo.
Em 6 de agosto de 1822, a Gerónimo Cavalheiro Leite, Pedro Antunes de Oliveira e Capitão André de Campos, terras no Quilombo.
Somos levados a assumir que a sesmaria de Joaquim José Teixeira Nogueira (1798) abrangia terras que hoje compõem Nova Odessa e municípios vizinhos. É fácil seguir a descendência do Sargento Mor (depois Capitão) Joaquim José Teixeira Nogueira, desde as grandes propriedades do século XIX, às fazendas e sítios do século XX. Os córregos São Francisco, Palmeiras (hoje Palmital) e Capoava, levam o nome de propriedades suas ou de seus descendentes. Devemos também presumir que os limites de outras sesmarias também atingissem áreas que hoje fazem parte do nosso município.
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